A Microsoft divulgou, nesta terça-feira, 18, a aquisição da Activision Blizzard, uma das principais produtoras de games do planeta, responsável por títulos de sucesso como Call of Duty, Candy Crush e World of Warcraft, por um valor astronômico de US$ 68,7 bilhões ( cerca de R$ 379 bilhões).
Trata-se da maior compra feita pela Microsoft na história, em que ela vai pagar um valor de US$ 95 por ação para a Activision.
Leia também: Microsoft tem nova VP de Parceiros e Canais para a América Latina
É um valor oito vezes mais elevado do que o pago pela gigante da tecnologia em setembro de 2020, ao comprar a ZeniMax Media, empresa dona da Bethesda Softworks, desenvolvedora e publicadora de games, por US$ 7,5 bilhões, aproximadamente R$ 40 bilhões.
Apesar da aquisição, segundo a Microsoft, Bobby Kotick, CEO da Activision, vai permanecer atuando em seu cargo e, no momento em que o acordo for fechado, a Activision Blizzard passará a responder a Phil Spencer, líder da Microsoft Gaming.
A big tech também informou que a compra já obteve aprovação dos conselhos das duas empresas, mas ainda requer a aprovação dos acionistas da Activision Blizzard e da finalização da revisão regulatória.
Com a conclusão do negócio bilionário, a Microsoft será a terceira maior empresa de games do planeta, ficando atrás só da chinesa Tencent e da Sony, proprietária do PlayStation.
Hoje, a Activision Blizzard possui algo em torno de 400 milhões de jogadores ativos mensalmente espalhados por 190 países e a inclusão dos títulos da empresa vai permitir que a Microsoft amplie seu próprio portfólio para o videogame Xbox e compita de igual para igual com o PlayStation, da concorrente Sony.
“Esta aquisição irá acelerar o crescimento do negócio de jogos da Microsoft em dispositivos móveis, PCs, consoles e nuvem e fornecerá blocos de construção para o metaverso”, declarou a Microsoft em comunicado divulgado nesta terça-feira.
É importante lembrar que a notícia da aquisição surge durante um momento bastante complicado para a Activision Blizzard.
Em julho do ano passado, o Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia entrou com um processo de assédio sexual contra a companhia.
A acusação contra a empresa provocou revolta nos funcionários, que entraram em greve e realizaram manifestações dando suporte ao processo na frente da sede da Activision nos EUA.
Kotick, que comanda a empresa há 30 anos, está sendo pressionado pelos funcionários para deixar o cargo.