O metaverso será muito, muito grande, e isso é a única coisa definitiva que sabemos sobre ele, afirma Mark Shmulik, analista de internet da Bernstein.
Ele alerta que atingimos o “pico do hype sobre o metaverso”, graças em grande parte à decisão de Mark Zuckerberg de renomear o Facebook como Meta.
Shmulik afirma que existe uma grande confusão e debate entre os investidores sobre o que todos nós queremos dizer com o termo. A realidade virtual é parte parte disso, mas não totalmente.
O analista acrescenta que o “futuro retratado em filmes como Jogador Nº1 onde nos refugiamos em mundos virtuais através de fones de ouvido imersivos e wearables pode soar apelativo para alguns…[mas] a repulsa sentida por outros pode muito bem suportar uma definição de metaverso mais ampla e menos imersiva”.
O analista observa que partes do metaverso já existem – ele aponta para hardwares como o Facebook Quest, os fones de ouvido Microsoft HoloLens, e o Apple Watch, plataformas de software como Fortnite e Roblox, experiências de realidade aumentada como o Pokémon Go, e experiências de colaboração virtual como o Mesh for Teams da Microsoft. Mas o que é menos claro é tanto o tamanho da oportunidade, quanto como ela se desdobrará para o mercado de massa.
Shmulik acredita que o valor de mercado relacionado a essa tecnologia está crescendo rapidamente. Quando isso vai se concretizar, é uma questão ainda em aberto. “O momento ainda é desconhecido, pois estamos no início da curva de adoção e a tecnologia metaversa atual não oferece a proposta de valor necessária para muitos usuários”, escreveu ele.
Sua opinião é que “apesar da propaganda”, o metaverso não é apenas uma moda. “É um conceito importante para os investidores compreenderem quando pensam nas perspectivas de crescimento a longo prazo para muitas empresas de tecnologia”, afirmou. “Oferecemos o metaverso como a próxima etapa da forma como utilizamos a Internet, a conectividade e a computação”, concluiu.