Com o advento da internet e a expansão tecnológica dos últimos tempos, as produções artísticas começaram a sofrer com a pirataria ou, para ser mais preciso, com a livre reprodução e dispersão das obras.
O grande problema, no entanto, é que o reconhecimento pelo trabalho e a sua capacidade de remuneração, e até mesmo de subsistência, em alguns casos, tornou-se algo muito difícil.
Hoje em dia, não basta mais realizar um trabalho de qualidade, que atende as necessidades e tendências do mercado e que seja oferecido a um preço justo porque todo esse esforço pode ser reduzido a um simples “Copia e Cola” de computador.
Com o intuito de oferecer oportunidades a esses criadores, várias opções surgiram no mercado. E a chamada NFT é uma delas.
NFT, uma sigla para Non-Fungible Token ou Token Não-Fungível (nome dado em referência ao termo “ativos fungíveis”, utilizado na área econômica), se trata de uma nova tecnologia criada para “autenticar” produções artísticas.
Trata-se de uma espécie de token que o autor da obra original gera para o comprador ao vendê-la.
Basicamente, apesar da obra em si poder ser copiada e disponibilizada de graça pela internet, tal qual é de costume do ambiente virtual, a NFT não pode e, portanto, serve como uma prova da autenticidade da obra em questão.
Poderíamos fazer um paralelo entre comprar uma pintura original e comprar uma cópia barata da mesma. Apesar da similaridade visual, o valor atribuído ao original é outro.
Mas, se tudo o que cai na internet acaba sendo copiado e espalhado, como as NFTs se mantêm únicas?
Acontece que o método de venda utilizado para vendê-las é o Ethereum.
Esse método, que é o mesmo utilizado para vender criptomoedas como o Bitcoin, utiliza uma tecnologia chamada blockchain.
O blockchain permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas.
Com ele, as movimentações ficam registradas numa espécie de documento oficial, mantido por milhares de computadores ao redor do mundo e que pode ser acessado por qualquer pessoa.
Utilizando-se dessas tecnologias e suas capacidades de autenticação e transmissão de confiança, os artistas e criadores de conteúdo agora possuem uma forma de monetizar o seu trabalho.
E a demanda para tais certificados é criada a partir da vontade do público de não apenas reconhecer o trabalho dos artistas, mas também de possuir algo exclusivo e especial.