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O que motivou o fim do metaverso da Disney?

Recentemente, a empresa anunciou a demissão de cerca de 50 funcionários do setor responsável por essa área.

Disney, assim como várias outras grandes empresas ao redor do mundo, está diminuindo os seus investimentos no metaverso. Recentemente, a empresa anunciou a demissão de cerca de 50 funcionários do setor responsável por essa parte.

A justificativa segue a mesma: um reajuste de investimentos. No caso da Disney, ela tem parques para cuidar, filmes para criar e um serviço de streaming funcionando a todo vapor.

Com isso, mais uma vez o mundo se pergunta sobre o que deu de tão errado na ideia do metaverso. O otimismo inicial da iniciativa foi substituído pela queda brusca de interesse pelo mundo virtual. 

Da mesma forma, os NFTs e as criptomoedas também perderam a sua força, muito por conta do alto número de golpes e esquemas relacionados ao setor das transações digitais, assim como a sua baixa praticidade no cotidiano.

O que impacta negativamente o metaverso, é a falta de uma definição concreta sobre o que ele é. Como investidores irão fazer um grande investimento em algo que eles não sabem ao certo o que é?

“Ninguem realmente definiu o metaverso”, diz Nancy Lan, copresidente de publicidade criativa do Territory Studio, estúdio de marca e design digital. “É um conceito complexo que agora tem uma conotação negativa em alguns aspectos. Isso pode significar apenas que grandes marcas como a Disney estão esperando para redefinir as formas de aplicar essas tecnologias de maneira eficaz”, completa.

Até hoje, os metaversos que mais fazem sucesso são relacionados ao mundo dos jogos, como o GTA RP, para um público mais velho, o Roblox, para jovens, e afins. Porém, quando o objetivo do usuário é só interagir com outras pessoas, e não jogar em si, ele se frustra com a experiência.

A Disney, por exemplo, nunca definiu com exatidão o que ela queria fazer com o seu projeto. Essa indefinição entre entretenimento, jogos, comunidade, ou seja lá qual fosse o objetivo, faz com que o projeto fique sem um foco, prejudicando o trabalho.

Porém, é claro que a empresa centenária do Mickey Mouse não vai parar de investir em tecnologia. A beleza de seus filmes e a imersão de seus parques só é possível graças a pesquisas intensas, que buscam modernizar suas experiências ao público.

Talvez não seja hoje que vejamos o metaverso da marca, porém, um dia talvez, teremos o mundo encantador da Disney na palma das nossas mão. 

Para criar, é preciso entender. É necessário que a Disney e as outras empresas entendam isso.

Foto: Depositphotos