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Patrocinadora da Copa, Crypto.com demite funcionários em massa

Corretora de criptomoedas comunicou a saída de 20% dos seus colaboradores.

Patrocinadora da Copa do Mundo e conhecida pelas suas campanhas, a corretora Crypto.com comunicou a demissão de 20% de seus funcionários.

No dia 13, Kris Marszalek, fundador da empresa de criptomoedas, foi a público anunciar que “diversos fatores influenciaram a decisão”, como “ventos econômicos contrários” e “eventos imprevisíveis do setor”.

Esta não é a primeira demissão em massa da corretora. No ano passado, além de ter cancelado parcerias, a marca demitiu cerca de 2.000 funcionários de uma só vez.

Mesmo com as demissões, a Crypto.com continuou forte no marketing esportivo. Mais recentemente, seu nome pôde ser visto durante os jogos da Copa do Mundo do Catar, que aconteceu entre novembro e dezembro de 2022.

No entanto, Kris Marszalek, afirmou que novos eventos abalaram o setor das criptomoedas no geral. Mais especificamente, o CEO se referiu a falência da FTX.

“As reduções que fizemos em julho passado nos posicionaram para enfrentar a desaceleração macroeconômica”, comenta Marszalek. “Mas não levaram em conta o recente colapso do FTX, que prejudicou significativamente a confiança no setor.”

A Crypto.com até chegou a realizar uma auditoria de fundos para provar sua solvência. Mas, a Mazars, empresa responsável pela análise dos fundos, interrompeu seus serviços e apagou todos os documentos relacionados.

Crise também afeta outras gigantes

Também nesta semana, a Coinbase, corretora listada na Nasdaq, foi outra gigante que anunciou a demissão de 20% de seus funcionários, cerca de 950 pessoas. Assim como a Crypto.com, Brian Armstrong, CEO da Coinbase, também citou a falência da FTX como principal impacto no mercado.

Analisando o mercado no geral, as corretoras já perderam 40% de volume de negociação no mês passado. Ou seja, além de estarem com menos clientes (e precisando de menos funcionários), isso também gera uma queda em suas receitas.

No total, demissões do setor já ultrapassam o número de 10.000 pessoas. Porém, a simples sobrevivência em um forte mercado de baixa pode render bons frutos no futuro, já que o setor terá menos concorrentes.