Esta semana o Brasil deu primeiro passo na era 5G com o leilão de outorga. Ao mesmo tempo, os gigantes de tecnologia estão um passo à frente com pesquisas para aumentar exponencialmente a velocidade das conexões até 2028, com dois anos a mais até a popularização.
Aliás, 2028 foi o ano em que Marc Zukerberg estimou para o funcionamento pleno do projeto de metaverso em desenvolvimento pelo Facebook Reality Labs (ou FRL) da Meta, que é como passou a se chamar o Facebook.Inc.
A Samsung está de olho neste futuro e tem avançado no que denomina de “A Próxima Experiência Hiperconectada para Todos”, que fala sobre as possibilidades e a visão da companhia para a próxima geração de conectividade móvel 6G.
A-aposta da sul-coreana para o 6G é que ele melhore três frentes: a realidade mista “realmente imersiva” com resoluções muito maiores de imagem, holografia mobile de alta fidelidade e a replicação digital de objetos de todos os tamanhos.
Se o 5G tem como principal característica a formação de um sistema interconectado e com baixa latência, a ideia do 6G será focar em um desempenho ainda melhor. Em termos de velocidade, a ideia é chegar ao máximo de 1.000 Gigabytes contra 20 da atual geração. A taxa de dados da experiência do usuário seria de 1 Gbps.
O Japão já está se mobilizando para a introdução da sexta geração em 2030. Para isso, o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações já está desenvolvendo uma pesquisa sobre a nova tecnologia com a colaboração da população nipônica.
A Xiaomi, que recentemente assumiu o 2o. lugar na venda de smartphones no mundo também já iniciou investimentos na futura tecnologia 6G. A informação foi dada pelo CEO da empresa, Lei Jun. De acordo com pesquisas prévias oriundas da China, apesar de não existirem perspectivas concretas sobre a performance do novo padrão, especialistas estimam que as altas velocidades de conexão colocam grandes desafios como minimizar o alto consumo de energia e encontrar soluções de engenharia para providenciar cobertura de uma conexão desta magnitude.
Por sua vez a Apple publicou em Janeiro de 2021 anúncios de vagas de emprego para engenheiros que atuem no campo de sistemas sem fio com vistas ao desenvolvimento do 6G para os gadgets da Big data. As informações foram reveladas por Mark Gurman, da Bloomberg, que garantiu o inicio deste desenvolvimento em escritórios no Vale do Silício e em San Diego, ambos na Califórnia, onde a empresa já possui desenvolvimento de chips e tecnologias wireless.
Aplicação na prática
A ideia é que o 6G seja utilizado principalmente pelas máquinas, não humanos: serão cerca de 500 bilhões de dispositivos conectados em 2030, ou 59 vezes a população estimada para aquele ano, de 8,5 bilhões de pessoas. A tecnologia será voltada para carros, robôs, drones, eletrodomésticos, telas, sensores inteligentes, máquinas de construção e equipamentos de fábricas.
O 6G precisa ser rápido e confiável para as máquinas porque elas excedem as capacidades humanas. Uma pessoa normal só percebe latências até 100 milissegundos, enxerga ondas de 280 a 780 nm (entre o violeta e o vermelho) e têm resolução, ângulo de visão e frequência sonora limitados, enquanto uma máquina pode ultrapassar essas restrições.