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Tokens não-fungíveis são oportunidade para marcas se aproximarem dos clientes

Rapha Avellar, fundador da Adventures, revela como a movimentação de empresas de várias áreas em direção aos NFTs pode ser uma forma de estreitar as relações e aumentar o engajamento com o público.

Os “token não-fungíveis”, tradução em português para a sigla NFT, se tornaram um assunto global no ano passando, despertando o interesse de muitos investidores e, relação ao tema.

Não à toa, muitas marcas também passaram a apostar nos NFTs ao perceberem que investir em ações mais personalizadas pode ser um dos grandes diferenciais de uma marca ou de uma ação de marketing.

Já dá para notar a movimentação de várias marcas em direção aos NFT, nas mais diversas áreas de atuação. Como nos esportes, por exemplo.

O mercado esportivo sempre foi movido pela venda de colecionáveis como figurinhas, tênis de edições limitadas e hoje também com os NFTs.

Recentemente a NBA, junto com a empresa Dapper Labs, criou o NBA Top Shot, um negócio de vendas de cards virtuais de cenas de lances das partidas, os “momentos”.

Também nos esportes, como foi divulgado pelo Promoview no fim de 2021, o ex-jogador de basquete, Michael Jordan, em parceria com seu filho, Jeffrey Jordan, lançou a Heir Inc.

Neste ano, quando a Fórmula 1 der largada, o icônico carro Ferrari vermelho vai rodar com o nome Velas, que será a patrocinadora principal da equipe da Série Esports da Ferrari. Foto: Divulgação

Outra forma de entrada para as marcas é aliar edições exclusivas ou comemorativas com NFTs. A versão digital de um produto pode ser colocada como um bônus depois da compra.

No mundo do automobilismo, a Ferrari divulgou no fim do ano passado a intenção de vender em breve as Ferrari NFTs digitais, através de uma nova parceria com a Velas Network AG.

Rapha Avellar, CEO da Adventures. Foto: Reprodução/LinkedIn

Ele recorda que algumas empresas no exterior já vendem seus produtos físicos com versões em NFTs e o próprio consumidor é quem decide qual delas vai coletar.

Nesse modelo, ressalta Rapha, se as pessoas preferirem o produto físico, a versão digital se tornará um item muito mais escasso, o que pode gerar um aumento de valor.

E mesmo com o boom que os NFts tiveram no ano passado, Rapha ainda acha que o maior crescimento ainda está por vir.

Segundo ele, apesar das NFT terem sido um dos assuntos mais comentados de 2021, como a tecnologia é relativamente nova, ainda não há uma grande movimentação de marcas em estratégias.

Hoje, a utilização dos tokens é menos expressiva, e isso talvez aconteça porque poucas pessoas entendem as infinitas possibilidades que podem ser exploradas com esses tokens.

“Quando as empresas perceberem as chances que as NFTs oferecem e o consumidor se familiarizar com a ideia, vamos observar um boom no mercado e a tendência das NFTs em todo o mundo”, reforça Rapha.

Isso ocorre porque, para ele, além de proporcionarem uma conexão genuína com os consumidores, outra vantagem em relação às NFTs é que elas atraem a atenção de investidores devido às características desses tokens, como propriedade, escassez, possibilidade de ser colecionável, arte digital, relação com plataformas de negociação, autenticidade, desejo, base em blockchain, além de serem vistas como uma reserva de valor de investimento.

“Aqui na Adventures acreditamos que os NFTs trazem inúmeras possibilidades para diversos segmentos, mas para explorar essas tecnologia é fundamental entender o cenário em que o negócio está inserido e de que forma isso vai impactar o público-alvo”, conclui ele.