A-Meta está trabalhando em pesquisa de IA inteligência artificial para ser capaz de gerar mundos online, melhorar a forma como pessoas “conversam” com assistentes de voz e obter traduções de falas em diferentes idiomas, afirmou nesta quarta-feira o presidente da companhia, Mark Zuckerberg.
O executivo aposta que o “metaverso”, uma ideia desenvolvida pela ficção científica em que mundos virtuais podem ser acessados por usuários para trabalhar, socializar e se entreter será o sucessor da internet móvel.
“A chave para se conseguir muitos destes avanços é a inteligência artificial” (AI), disse o fundador do Facebook durante evento da companhia.
Zuckerberg afirmou que a Meta está trabalhando em uma nova classe de modelos de inteligência artificial (IA) que vai permitir a geração de mundos virtuais com base em descrições feitas pelas pessoas. Em uma demonstração pré-gravada, Zuckerberg mostrou um conceito de IA chamado “Builder Bot”, em que ele aparece como um avatar 3D em uma ilha e dita comandos para que o sistema crie uma praia, adicione nuvens, árvores e até uma toalha de piquenique.
“Conforme nós avançamos com esta tecnologia, o usuário poderá criar mundos para explorar e compartilhar experiências com outros apenas com o uso da voz”, disse Zuckerberg. Ele não disse quando estes desenvolvimentos ficarão prontos ou deu detalhes sobre como o Builder Bot funciona.
O executivo afirmou que a Meta está preparando uma forma para que a IA possa interpretar e prever os tipos de interações que poderão ocorrer no metaverso ao trabalha com um sistema de “aprendizado autosupervisionado”, em que a IA recebe um conjunto puro de dados ao invés de ser treinada com muitos dados pré-classificados.
Zuckerberg disse ainda que a Meta está trabalhando em “dados egocêntricos”, que envolvem a visualização de mundos de uma perspectiva de primeira pessoa. Ele disse que a empresa reuniu um consórcio global de 13 universidades e laboratórios para trabalharem juntos em um banco de dados egocêntrico chamado Ego4D.
Em um aceno à transparência, a Meta planeja tornar de código aberto a biblioteca de recomendações TorchRec que a empresa usa para personalizar o feed de novidades do Facebook, disse o vice-presidente de inteligência artificial, Jerome Pesenti. A companhia ainda vai publicar um protótipo de ranking para mostrar como seus algoritmos priorizam que conteúdo a rede social mostra aos usuários no Instagram.
Alguns dos projetos anunciados pela Meta nesta quarta-feira, como o projeto CAIRaoke e o esforço de transparência, ecoam inovações similares anunciadas nos últimos anos por rivais como o Google.