Foram, ao todo, R$ 140 milhões gerados em negócios na cadeia de valor, 490 mil petiscos vendidos, 6 mil empregos diretos originados – e esses são apenas alguns dos números que o Comida di Buteco registrou no ano passado.
Na contagem regressiva para os seus 20 anos, que serão completados em 2019, o concurso vem com tudo nesta edição. De 13 de abril a 13 de maio, o público de Belo Horizonte e de mais 20 cidades nas cinco regiões brasileiras poderá ter acesso a pratos diferenciados, mantidos no valor de R$ 25,90, além de ajudar a eleger os melhores estabelecimentos pelo país. Olhando para trás e avaliando os últimos eventos, as expectativas para mais um ano de sucesso são enormes.
“O ano de 2017 foi muito bom para o Comida di Buteco, embora tenho sido um período difícil para o Brasil. A 18ª edição foi uma festa. O concurso intensifica os movimentos nas ruas e é um estímulo para as pessoas saírem de casa, se divertirem. As perspectivas agora são ainda melhores. Notamos um ânimo maior por parte dos donos dos ‘butecos’; todos começam a respirar com um pouco mais de alívio”, ressalta Maria Eulália Araújo, uma das fundadoras do concurso.
Esse também é um momento de comemoração, de acordo com ela, graças a longevidade do Comida di Buteco. Observando todas as edições anteriores, é possível perceber como o evento já nasceu com grande potencial. A profissional lembra que, no lançamento do concurso, no ano 2000, foram dez participantes. “Era algo acanhado, mas já falava alto, conseguia fazer um barulho legal”, frisa ela.
Campeões. Famoso por também gerar transformações de vida, o Comida di Buteco já elegeu uma série de campeões ao longo de sua história. No ano passado, o título de melhor “buteco” da capital mineira foi para o Santuário Retrô Botequim Temático, de Eduardo Mendes, que apresentou ao público o Ossobuco du Retrô. A emoção do participante ao receber a notícia foi algo marcante. Hoje, ele conta que os frutos não pararam por aí, pelo contrário.
“O movimento aumentou cerca de 50% durante o concurso e se manteve; não foi algo que aconteceu somente após o título. Além disso, fiquei mais conhecido, e um público diferente passou a frequentar o estabelecimento”, destaca Mendes. E com isso, claro, a responsabilidade também aumentou bastante. “Trabalhamos para manter a qualidade, o bom atendimento. Isso tudo é muito bom, pois a gente não se acomoda”, ressalta ele.
Sucesso nessa caminhada também teve Alexandre Alves Nunes, que está à frente do Bar do Jão – o melhor “buteco” do Brasil, conforme apontou o concurso no ano passado. O estabelecimento, que fica localizado em São Paulo, viu seus números aumentarem de maneira bastante significativa, para a alegria de Nunes, que frisa a relevância do evento.
“Estou há 23 anos aqui na Penha (bairro da zona Leste de São Paulo) e 2017 foi o melhor ano que eu tive; foi um tempo só de alegria, de glória. Muita gente de fora veio e vem nos visitar. Para se ter uma ideia, o movimento em 2017 foi 80% maior do que o registrado nos anos de 2015 e 2016”, diz ele.
Nunes relata que hoje vive um sonho, algo que ele sempre quis. “Eu me cobro muito, ainda mais agora. A gente tem que estar concentrado, empenhado. Não pode ganhar o título e relaxar, trabalhar somente um mês. As pessoas precisam voltar para o estabelecimento”, ressalta o profissional.