Sempre que um grande evento se aproxima, muito se especula sobre as novas tecnologias que serão apresentadas e os impactos delas no resultado final de competições como Copa do Mundo e Olimpíadas.
E com a Copa do Mundo 2018, na Rússia não poderia ser diferente. O Mundial deste ano promete tecnologias tão importantes que poderão definir o campeão.
No Mundial do Brasil em 2014 a grande novidade foi o uso pela primeira vez da tecnologia Goal-Line, que permite ao árbitro receber em tempo-real instruções em uma pulseira, ajudando assim na tomada de decisões. Outra novidade foi o uso do VAR (árbitro em vídeo), que permitiu com que a equipe médica tivesse acesso imediato aos replays e comunicação direta, via radio, com os médicos que ficam em campo.
Neste ano, o uso desta tecnologia passa também a ser estendida aos árbitros e técnicos para que possam tomar suas decisões.
A tecnologia não é nova e até o presidente da Fifa, Gianni Infantino, admitiu que já estava mais do que na hora de incorporar esta tecnologia.
Homenagem ao passado com tecnologia do futuro
A bola deste Mundial, Telstar 18, é uma homenagem ao passado. O nome é uma referencia ao Mundial de 70, vencido pelo Brasil, que foi a primeiro a ser transmitido ao vivo (Telstar vem de ‘Television Star’, que em inglês significa ‘estrela de televisão). Outra característica retrô é a volta das cores preto e branca, após uma sequência de mundiais com bola colorida. Mas o “retrocesso” para por aí.
Nesta Copa, todas as bolas em campo terão um chip embutido e poderão ser monitoradas em tempo real por meio do NFC (transmissão de dados por aproximação).
O chip funcionará como um código de barras, e a Fifa conseguirá ter todos os dados reais da bola, como deslocamento, velocidade, posicionamento global.
Segundo Bruno Almeida, Relações Públicas da Adidas, empresa responsável pela bola do Mundial, quem ganha com isso é o torcedor uma vez que o chip foi desenvolvido para que o consumidor possa interagir com a bola diante de um smartphone.
De acordo com a entidade, essa experiência personalizada inclui reconhecimento de localização, apresenta detalhes específicos de cada bola e proporciona acesso a desafios e concursos de destreza futebolística aos quais os usuários poderão se inscrever antes do inicio do mundial.
A emoção do estádio dentro de casa
Os torcedores que não puderem ir a Rússia para assistir ao mundial terão a possibilidade de interagir com o Mundial de casa como se estivessem no estádio. Além dos dados da bola, a emoção das apostas nos jogos e a qualidade das imagens capitadas em campo prometem impressionar e dar muito o que falar.
Essa será a primeira vez onde todas as 64 partidas do Mundial de futebol serão gravadas e terão produção otimizadas para o 4K com tecnologia High Dynamic Range (HDR). A FIFA confirmou também que algumas partidas serão gravadas com câmeras 360º para experiências em Realidade Virtual (VR).
Nesta Copa também será possível que o torcedor brasileiro faça apostas para as partidas do mundial em sites como a Betway, cujas apostas no dia 6 de março mostram a Seleção Canarinho e a Seleçao Alemã como favoritas ao título, ambas com 5/1. Essas novidades darão o que falar e certamente esta deverá ser também a Copa mais comentada no mundo virtual, superando os estratosféricos números da Copa de 2014, quando mais de 672 milhões de tweets foram postados.
O atual recorde de tweets pertence ao jogo da semifinal entre Brasil e Alemanha, na Copa no Brasil em 2014. Na ocasião do fatídico 7 a 1, o Twitter divulgou que foram gerados 35 milhões de tweets sobre o jogo, tornando-o não só o jogo de futebol mais comentado de sempre, mas sim o maior da história do desporto.
Para se ter uma ideia de comparação, em 90 minutos de jogos foram gerados quase 2/3 dos 9,3 milhões de tweets feitos diariamente durante os 16 dias dos Jogos Olímpicos de Londres, com todas as modalidades esportivas somadas.
E que venham novos recordes e tecnologias, tanto em campo como em casa, para que cada vez mais grandes eventos possam ser vivenciados por todos.