O meu está! Panda é um Border Collie de 5 anos que nestes últimos dias de Covid-19 fica andando pela casa só olhando e se aproximando dos moradores que nestes últimos dias têm ficado em casa direto.
Antes era só à noite ou no final de semana. Agora é full time. Ele esta adorando isso! Temos aqui em casa um escritório de paisagismo&arquitetura, um home office do marketing de uma multinacional e dois distance learning de universidades paulistas ( FGV e ESPM ). E lógico eu que estou na sala fazendo a gestão deste coworking familiar.
Já nos acostumamos? Não sei… Vai durar muito tempo? Não sabemos… Mas uma coisa eu tenho certeza, passar por esta experiência mundial de revermos todos os nossos hábitos profissionais e de lazer será um divisor de águas para todos os mercados… sem exceção.
Como todos temos tempo para refletir cheguei a algumas conclusões que gostaria de dividir:
Famílias em confinamento – Podem existir os dois extremos na minha opinião. União fraternal e harmônica em alguns casos e divisão e conflito em outros casos. É como um daqueles programas de TV que fazem reforma do ambiente doméstico, sempre existe um situação familiar ou econômica que levou à degradação ou ao esquecimento, e daí como em um passe de mágica a renovação a partir do ambiente físico.
Se você e sua família , antes do confinamento, já tinham alguma situação mal resolvida, com certeza o “extreme stay home” no ambiente físico familiar fez as coisas piorarem.
Se a situação era positiva antes da crise, a chance é que a situação ampliou ainda mais os laços positivos existentes entre os membros da família. É aguardar para ver como várias semanas nesta situação podem evoluir este quadro.
Empresas em home office – Alguns ficando angustiados, outros aumentando a sua produtividade exponencialmente com o uso do Teams ou do Zoom. Aqueles que não conseguem ou não podem fazer o tal do home office se sentindo excluídos. Novos códigos de convivência e utilização da tecnologia sendo “escritos” ao vivo. Aqueles de perfil mais expansivo e sedentos do ambiente em grupo achando que “novos tempos vem aí”. Outros mais reflexivos e introspectivos achando que “estes novos tempos estão vindo aí com tudo”
Será que as salas de descompressão já ficaram obsoletas? Nossa, nem chegaram ainda….
Sociedade – Será que vamos alterar as nossas percepções de relevância? O que realmente importa para cada um de nós? Seremos uma sociedade mais “japonesa” valorizando os professores e os idosos? Ou seremos uma sociedade mais hedonista aonde o DJ fazendo uma “roof party” é a coisa mais importante da semana?
Com certeza os Millenials são a geração a enfrentar pela 1ª vez nas suas vidas algum tipo de privação. Será que eles vão entender que o #euqueroissoagora vai evoluir para uma simples ordem mundial #ficaemcasaagora?
Depois desta crise iremos dar mais importância àqueles que fazem os tais dos “serviços básicos” funcionarem ou continuaremos nem dando oi aos enfermeiros e padeiros?
Marcas – Estaremos fazendo listas em 2021 sobre as marcas que souberam capitalizar durante a crise? Ou vamos criar o termo “covid wash” para aquelas marcas oportunistas? Ou teremos marcas que realmente souberam ampliar e evoluir o seu brand proposition e USP de tal forma que nem parece que existiu uma crise econômica?
Quais marcas vão sucumbir aos efeitos da crise? Muitas dúvidas em relação ao comportamento das marcas durante uma época tão difícil.
A única coisa que eu sei com certeza é o que o Panda está muito feliz…