Nossos hábitos de consumo já não são os mesmos de dez anos atrás, quem dirá de 50, ou 100 anos. E, se mudaram os produtos que compramos, a forma com que eles nos são apresentados também foi bastante alterada.
Hoje, o centro das atenções do marketing está em proporcionar boas experiências ao consumidor. O marketing 4.0 desafia as marcas a envolverem o público, que tem cada vez menos tempo e é impactado por cada vez mais estímulos.
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Para cumprir essa missão, no entanto, empresas precisam conhecer o seu público, entender quais são suas demandas, e, para isso, contam com ferramentas de Big Data, Business Intelligence e Inteligência Artificial, que geram, cruzam e organizam dados, gerando informações valiosas para o marketing e elaboração de estratégia de vendas.
Em primeiro lugar, precisamos lembrar que vivemos na era pós-digital e o mercado da comunicação é um dos mais afetados pelo uso constante da tecnologia.
Hoje, já não temos uma separação clara do que é on e off-line, nossas ações são tão dependentes da internet que ficou praticamente impossível se desconectar totalmente.
E se é tão difícil ficar desconectado, isso quer dizer que a todo momento somos bombardeados por uma série de estímulos de diversas origens.
Em contrapartida, enquanto navegamos em qualquer site ou rede social, colocamos dados à disposição de empresas, mesmo que de maneira inconsciente.
Sem perceber, ao deixarmos pegadas digitais, compartilhamos com empresas dados preciosos para que elas nos ofereçam exatamente o que estamos precisando.
Um exercício fácil para entender o uso de dados compartilhados na rede: você acessa o site de uma loja de roupas, visita alguns modelos, não se interessa por nada e sai sem se cadastrar ou deixar qualquer contato. Imediatamente, começam a aparecer anúncios da mesma loja, por vezes dos mesmos produtos na timeline.
Não são raros os e-mails do estabelecimento oferecendo, inclusive, cupons de desconto. Viu? Acontece conosco o tempo todo. E é apenas um dos exemplos de dados que estão na rede, sem nem mesmo nos darmos conta.
Mas, como o marketing consegue utilizar os dados?
A chave do sucesso do uso inteligente de dados está justamente em compreender o comportamento do consumidor. Mais que captar um grande volume de dados em um curto espaço de tempo, é fundamental usá-los a favor das marcas, com estratégias criativas, que alcancem o público de diversas maneiras, sem deixar de lado a personalidade da marca e sua mensagem principal.
De maneira resumida, Big Data é a reunião de diversos dados gerados a todo instante na rede e que, quando organizados e cruzados com outras fontes de informação, proporcionam insights preciosos para equipes de marketing.
Acima de tudo, essa ferramenta é essencial porque fornece ao mercado informações diretas de seus consumidores, permitindo que empresas reconheçam em seu público exatamente quais são suas insatisfações, necessidades e desejos.
Em outras palavras, os dados são recursos fundamentais para que as marcas conheçam seu público e possam, a partir disso, trabalhar a melhor maneira possível suas campanhas e estratégias de venda.
Mais que a simples captação de dados, seu uso inteligente, apoiado por estratégias de Business Intelligence traz às empresas uma vantagem competitiva enorme no mercado. Isso porque ao conhecer seu cliente, é muito mais fácil encontrar a maneira certa de assumir a personalidade da marca e sustentar suas crenças.
O processo de introduzir o uso inteligente de dados no planejamento de marketing, no entanto, exige atenção e dedicação.
Profissionais de comunicação e tecnologia, especialmente ligados às martechs são fundamentais neste processo e contribuem para a execução de planos bem estruturados e otimizados.
Valor, propósito e personalidade da marca
Outra tendência dos hábitos de consumo dos últimos anos é o fato de que o público tem, cada vez mais, buscado por marcas que compartilhem dos mesmos valores e visões de mundo.
Se apostar no uso de dados e plataformas de Inteligência Artificial e Big Data pode agregar lucro e valor às marcas, o mesmo não acontece se seu uso não tiver propósito.
Por isso, é fundamental que as empresas mostrem sua personalidade, humanizem sua comunicação e utilizem seus canais de forma muito mais atraentes que apenas simples vitrines para seus produtos e serviços.
Uma vez que as marcas conhecem o comportamento do consumidor, fica mais fácil de demonstrar a sinergia com seu estilo de vida. Em outras palavras, se o uso de dados não for pensado estrategicamente, todo o esforço e verba irão pelo ralo.