A Olimpíada que promete ser a mais tecnológica da história conta com um importante aliado para garantir a segurança e a saúde de todos os envolvidos: a biometria facial.
Focado no cenário de pandemia, o projeto biométrico foi criado no Japão para reduzir o contato entre as pessoas e aumentar o distanciamento.
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Essas medidas são importantes, principalmente quando atletas, torcida, organização, imprensa e voluntários se encontram em espaços fechados e com grande circulação de pessoas.
Espalhadas por esses locais, as câmeras ajudam a manter as pessoas protegidas do Covid-19 por meio de interações sem contatos diretos, além de alertarem sobre aglomerações.
“Sabendo-que estão sendo vigiadas, as pessoas tendem a se comportar de maneira mais mecânica.”, analisa a professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Josy Martins.
Tecnologias semelhantes foram testadas em vários eventos que antecederam Tóquio 2020. A Liga de futebol japonesa, por exemplo, utilizou câmeras de reconhecimento facial nos estádios para monitorar o comportamento dos torcedores. E o relatório trouxe um dado interessante: cerca de 90% dos presentes usavam máscaras o tempo todo, enquanto os outros 10% tiravam a proteção para se alimentar durante as partidas.
O projeto de transformação digital instalado no Tokyo Dome – um dos locais de competição -, por exemplo, usa a tecnologia de reconhecimento facial para controle de acesso biométrico, pagamento em lojas, pedidos de refeições, prevenção de fraudes e violência.
Além dos estádios, o reconhecimento facial está presente nos aeroportos, ruas e transporte público. A expectativa é vigiar em 3D todas as 300 mil pessoas credenciadas para a olimpíada.
De acordo com o jornal Japan Times, são 8 mil câmeras de segurança e 2,5 mil sensores, instalados para monitorar possíveis ameaças aparentes e ocultas nos arredores das arenas esportivas.
Por trás de toda essa inovação estão gigantes da tecnologia como Intel, Alibaba, TI NEC Global e Panasonic. “O funcionamento exato da biometria facial para a segurança na olimpíada não está sendo divulgado para evitar que hackers entrem no sistema e representem riscos para o evento.”, afirma o superintendente de Engenharia de Produtos da Tecnobank, Isaac Ferreira.
Ele destaca que, atualmente, o reconhecimento facial é uma das opções mais seguras do mercado. Mesmo assim, é importante ficar alerta, porque “As tecnologias se mostram eficazes até que alguém aprenda a burlá-las.”