Eventos são encontros de comunidades. Serão híbridos/virtuais com certeza. Este “hibridismo” vai oferecer possibilidades de expansão das audiências e não será um substituto aos eventos presenciais. Será um complemento tecnológico muito útil.
Hoje vou fazer uma reflexão fundamental neste momento de retomada do setor.
Qualquer organizador idôneo de eventos sabe que não adianta ir contra a lei e tentar fazer grandes eventos sem alvará. Não é da natureza do setor esta agressividade.
Eu acredito que a maioria, quase a totalidade, é pró-legalidade. O setor precisa de regulamentação e os alvarás são parte fundamental do planejamento. Sempre foi assim, e continuará sendo assim.
Eu-sou contra os eventos clandestinos que geram aglomerações neste período que vivemos. Tenho certeza de que a grande maioria dos organizadores de eventos pensa como eu.
Entretanto, se buscamos a regulamentação pelo setor público, é importante mencionar que a legislação do setor não pode ficar desatualizada ou não evoluir junto. Estamos agora neste momento pós pior período da pandemia exatamente nestas discussões e proposições.
Todos nós sabemos que os eventos serão híbridos e que vão precisar respeitar vários protocolos adicionais por vários meses após o término da pandemia. Será que termina?
A legislação precisa então permitir a organização de eventos, sejam eles presenciais ou virtuais ou híbridos, e prever como o setor irá evoluir nestes próximos anos.
Não podemos perder esta chance de revisarmos as leis que regem o setor de eventos!
Você sabia que a regulamentação dos eventos no município de São Paulo é baseada no “Código de obras” que foi elaborado nos anos 50? Pois é…. é o que temos….
A legislação é, portanto, antes do Telex, do FAX e da TV em cores… Internet era sonho!
Local de origem do evento será o local do cumprimento da legislação? Ou se você fizer um evento virtual isso não importa e você pode fazer o que quiser?
Precisamos conversar sobre isso não somente entre nós, mas principalmente, entre nós e os interlocutores do legislativo responsáveis pela criação e atualização de leis. São os deputados e vereadores.
Eles precisam entender a fundo o nosso setor e conhecer os desafios assim como nós. Quando você votou em alguém para o legislativo na última eleição você pensou se eles representavam o nosso setor de eventos? Pois é… é o que temos. Poucos realmente entendem nosso setor….
Durante a Expo Retomada realizada recentemente, fizemos uma ampla discussão de como devemos agir neste sentido. Vereadores e deputados de São Paulo estavam lá e ouviram nossos pontos. Temos que caminhar nesta atualização da legislação. Não tem escapatória!
Nossa intenção é que a legislação permita que os eventos aconteçam com segurança (fundamental), que utilizem muita tecnologia e que consigam gerar muitos negócios, inspirar, engajar, entreter e mobilizar milhares de expositores, congressistas, palestrantes e visitantes.
Eventos são indutores de negócios e conexões emocionais e não são indutores de infecções se forem organizados respeitando os protocolos e as leis existentes.
Mas as leis não podem refletir os momentos do passado, e, sim, as realidades atuais e futuras. Por isso, é importante que todos nós, envolvidos com o setor de eventos, tenhamos voz ativa e interlocutores interessados e proativos.
Procure saber quem são os políticos (deputados e vereadores) que conhecem e se envolvem com o nosso setor. Isso é fundamental para todos nós. Acredite!
E para deixar bem claro: #somosgregários #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia, #futurohíbridovirtual.
Afinal, o live marketing não é para os fracos!
Foto: Reprodução.