Durante o evento Facebook Connect realizado na tarde desta quinta-feira (28), o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, comunicou o rebranding do facebook. Agora, a companhia passará a se chamar “Meta”.
A-reformulação da marca ocorre em meio a uma enxurrada de notícias no mês passado, depois que Frances Haugen, uma ex-funcionária que se tornou denunciante, divulgou documentos internos da empresa para agências de notícias, legisladores e reguladores.
Os relatórios mostram que facebook está ciente de muitos dos danos que seus aplicativos e serviços causam, mas não corrige os problemas ou se esforça para resolvê-los. Espera-se que mais documentos sejam compartilhados diariamente nas próximas semanas.
Em uma ligação com analistas dias antes do anúncio , Zuckerberg refutou veementemente as afirmações e críticas nos relatórios decorrentes dos documentos fornecidos por Haugen.
FRL
Além da mudança de nome, Zuckerberg anunciou o Facebook Reality Labs (ou FRL) divisão que será responsável pelo desenvolvimento de produtos, baseada em códigos para proporcionar experiências no metaverso.
E o que se viu foram aquelas demonstrações típicas para consolar investidores. O FRL está engatinhando e vai precisar de muito aporte até que se torne viável. De acordo com o diretor financeiro do Facebook, David Wehner, é esperada uma diminuição do lucro operacional de cerca de US$ 10 bilhões, como resultado do investimento que será feito no FRL.
A demonstração foi uma aspiração do que a empresa espera construir algum dia.
Zuckerberg-admitiu que tudo o que apresentava ali está muito distante e que os elementos do metaverso tem potencial de se tornarem “mainstream” em oito a 10 anos. A empresa espera “investir muitos bilhões de dólares nos próximos anos, antes que o metaverso alcance escala”, acrescentou Zuckerberg.
Em um vídeo gravado e editado, Zuckerberg buscou tangibilizar o potencial da nova tecnologia com animações no estilo Pixar que destacaram sua visão para o metaverso, como enviar uma imagem holográfica sua a um show com um amigo presente na vida real, sentar em torno de mesas de reunião virtuais com colegas remotos, participar de jogos envolventes com amigos e usuários passeando no espaço como versões de desenhos animados de si mesmos ou personagens fantásticos, como um robô, que representam seus egos virtuais.
“Seus dispositivos não serão mais o foco de sua atenção”, disse Zuck. “Estamos começando a ver muitas dessas tecnologias se unindo nos próximos cinco ou 10 anos. Muito disso será popular e muitos de nós criaremos e habitaremos mundos tão detalhados e convincentes quanto este, no dia a dia. Acreditamos que o metaverso será o sucessor da internet móvel”, prosseguiu.
Meta
A-nova nomenclatura do facebbok começa a valer de imediato em alusão ao trabalho para criar um novo “Metaverso” voltado às realidades aumentada e virtual além das redes sociais.
Na internet a Meta possui o identificador do Twitter @meta (cujos tweets estão protegidos até o momento desta redação) e meta.com , que agora redireciona para uma página de boas – vindas no Facebook que descreve as mudanças.
Em comunicado a empresa disse que planeja começar a negociar seus papeis na NASDAC com o simbolo “MVRS” a partir de 1º de dezembro.
Com isso a principal operação deverá ser mesmo o Facebook Reality Labs (ou FRL) responsável pelo desenvolvimento desses produtos, baseada em códigos para proporcionar experiências no metaverso, que terá seu lucro e receitas registrados separadamente dos outros aplicativos.
Com a mudança de nome para Meta o aplicativo Facebook passa a ser apenas mais um integrante do portfólio da empresa assim como o Instagram, WhatsApp e o Messenger.
“No-momento, nossa marca facebook está intimamente ligada a um produto que não pode representar tudo o que estamos fazendo hoje, muito menos no futuro. Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas em nosso DNA somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, assim como as redes sociais eram quando começamos”, disse o CEO da Meta.
Em nota, a Meta explicou que, apesar da mudança, os informes financeiros manterão a mesma forma:
“Começando com nossos resultados do quarto trimestre de 2021, planejamos reportar em dois segmentos operacionais: Família de Aplicativos e Laboratórios de Realidade. Também pretendemos começar a negociar sob o novo código de ações que reservamos, MVRS, em 1º de dezembro. O anúncio de hoje não afeta a forma como usamos ou compartilhamos os dados”, afirmaram.
Além disso, a Meta anunciou para o próximo ano um novo fone de ouvido de realidade virtual chamado Projeto Cambria. O dispositivo será um produto topo de linha disponível a um preço mais alto do que o fone de ouvido Quest 2 de US $ 299, disse a empresa em um blog .
A BigTech revelou o codinome de seus primeiros óculos inteligentes totalmente compatíveis com AR: Projeto Nazaré. Os óculos estão “ainda alguns anos à frente”, disse a empresa em um blog . Zuckerberg disse “ainda temos muito a fazer com a Nazaré, mas estamos fazendo um bom progresso”.