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Lollapalooza Brasil está no auge da maturidade, afirma diretor da T4F

Leonardo Duarte foi o convidado do 'Na Escuta?', o podcast original do Promoview, e contou detalhes sobre a 10ª edição do festival.

No Na Escuta dessa semana, o podcast original do Promoview, recebeu um convidado especial para falar do Lollapalooza, que acontece dos dias 24 a 26 de março. Leonardo Duarte, Diretor Comercial da Time For Fun, contou pela primeira vez detalhes sobre os bastidores inéditos e histórias que envolvem ativações das marcas no festival.

Além de falar sobre os primeiros momentos da T4F a frente do Lolla no Brasil, Leonardo debateu sobre o boom dos festivais além das diferenças entre as ativações nacionais e as realizadas lá fora, no ambiente do evento.

A conversa foi realizada pela apresentadora Cindy Feijó e o episódio já pode ser conferido em nosso YouTube, confira o vídeo completo no fim da matéria.

Início do Lolla no Brasil

A T4F esteve à frente de praticamente todas as dez edições do festival no Brasil, assim como Leonardo. Originalmente, quando o evento chegou ao país, a licença do Lolla não era de posse da Time For Fun e o evento não acontecia nem no Autódromo de Interlagos. 

“Quando o Lollapalooza chegou em São Paulo ele acontecia no Jockey, com uma média de 50 a 60 mil pessoas por dia. Quando assumimos, a gente achou que fosse importante reformular bastante o projeto para sanar questões técnicas. Então teve um trabalho muito importante feito dentro do festival que foi reposicionar o evento em São Paulo”, comentou Leonardo.

Um dos grandes objetivos da mudança era ampliar a variedade do público, o que contribuiu para aumentar a magnitude do festival no país. Com o seu crescimento, o número de pessoas que vão para o Lolla por conta do próprio evento em si aumentou bastante. Para Leonardo, esse é um fator que mostra que o festival se encontra, hoje, no seu clímax de maturidade.

“Era um evento que tinha como alvo um público A, já que acontecia ali no lugar mais premium de São Paulo, e a gente começou a desbravar oportunidade de trabalhar o autódromo de Interlagos. Resumindo, deu super certo. Hoje é um evento que tem uma capacidade máxima de 105 mil pessoas por dia. É muito grande”, disse o diretor. 

“O Lolla vende muito bem numa pré-venda já cega, sem saber o Line-up. Já existe uma uma legião de ‘Lollalovers‘, o público jovem que vai de qualquer forma, independente do artista que vai tocar. Você não ter a dependência de um grande Headliner para ter um evento bem sucedido, num festival, indica que o seu evento é muito maduro, conclui.

Por trás das marcas no evento

Leonardo nos explicou a variação do número de parceiros presentes a cada edição do festival. O diretor disse que isso é determinado por três fatores: o tamanho das marcas, o espaço disponível e as ideias que as organizações querem trazer para se associar ao evento.

Porém, algo que ele comentou foi sobre a tropicalização das marcas. Para Leonardo, quando comparado às edições internacionais do Lollapalooza, as ativações ainda são muito diferentes. Um dos grandes desafios da T4F é dialogar com as marcas, para que elas ativem da melhor forma possível em um evento como o Lolla, que, segundo ele, tem um “mindset americano”.

“Recentemente eu fui pro Lollapalooza com alguns clientes, que são superexperientes em Brand Experience e ativam vários eventos aqui, e eles puderam vivenciar a experiência do Lollapalooza em Chicago. É impressionante a cara deles olhando para as ativações. A forma como você expõe a marca lá é muito mais minimalistaO mercado de ativação deles é muito mais focado no serviço, na experiência, e muito menos no formato mercado publicitário. O público vai lembrar de como você o ajudou dentro da jornada dele no evento”, contou. 

Segundo o diretor, a tendência é cada vez menos a presença do sampling e do brinde nas ativações, já que as marcas entram com pensamento de ajudar o festival, mas sem roubar a atenção dos artistas, os grandes protagonistas do evento. Ele citou a “Water Station” do Bradesco como grande exemplo de sucesso dentro do Lolla, uma vez que ela resolve o principal problema do público: a sede.

Em se tratando da captação das marcas em si, Leonardo diz que as parcerias são de longo prazo e são divididas em diferentes cotas de patrocínio, sendo as principais os palcos das atrações. Neste ano, as marcas que nomeiam os palcos são Adidas, Johnnie Walker, Chevrolet e Budweiser.

“Como o Lolla é um festival com alta capilaridade, com muito público de fora de São Paulo e de classe A, B, C, a gente consegue ter marcas que atuam dentro do pilar de forma constante. Porque basicamente estamos falando de um naming right. Não se vende naming right por um ano. Eu não tenho benefício e a marca não tem benefício”, justificou.

Cindy-Feijo e Leonardo Duarte. Imagem: Reprodução / YouTube – Canal Promoview Play

O Boom dos Festivais

Leonardo disse que a Time For Fun sempre esteve ligada a shows de artistas e outros eventos musicais, principalmente para o público jovem. Por isso, seria natural que a empresa se envolvesse profundamente com os festivais. O papel da T4F e do diretor é de “traduzir o que as marcas querem” dentro do Lolla.

Como os festivais são recorrentes e esperados durante todo o ano, as parceiras desses eventos conseguem manter um engajamento contínuo. 

“A sustentação é muito importante. Cada vez mais eu tenho marcas que estão comigo me perguntando ‘o que mais eu posso fazer?’. Hoje eu tenho vários festivais na minha plataforma, e existem marcas que estão em todos os meus festivais e outras que se adequam ao perfil de público e música”, disse Leonardo, que também está por trás de festivais como o GRLS!, TURÁ e Popload.

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