Antes da Pandemia do COVID-19, que afetou praticamente todo o setor de eventos no geral, o Autódromo José Carlos Pace, conhecido por todos como Autódromo de Interlagos, arrecadou cerca de 7,7 milhões de reais por ano para a Prefeitura de São Paulo.
Hoje a situação está bem diferente do que em 2019. A expectativa da prefeitura é que, esse ano, os eventos que ocorram no espaço rendam mais de 15 milhões para a cidade, praticamente o dobro do que antigamente. Desse total, 8 milhões devem vir só dos grandes festivais como Lollapalooza e The Town.
Além de eventos no geral, o local ainda receberá os seus tradicionais eventos automobilísticos, que completam a lotada agenda de 2023 do espaço. Não é por menos que estão chamando o Autódromo de Interlagos como o queridinho das produtoras de grandes eventos.
Em nota, a prefeitura afirmou: “Após a realização do evento, a equipe operacional ainda apura eventuais uso de áreas que não constam na proposta, o ressarcimento do consumo de água e luz e as avarias no equipamento público. Todos serão cobrados posteriormente”.
O valor a ser recebido varia de evento para evento, já que é calculado de acordo com o tempo que será necessário para montagem e desmontagem da estrutura e as áreas solicitadas para utilização.
Outro aspecto positivo da realização de eventos como esses é a arrecadação que é gerada para setores como comércio e serviços da cidade. A gestão Nunes, por exemplo, espera que o The Town gere um impacto econômico de R$1,7 bilhão para a cidade.
Para receber esses grandes eventos, a prefeitura deu início a uma série de obras no autódromo em fevereiro deste ano orçadas em R$ 18 milhões. A previsão é que elas estejam prontas até o final de maio.
O uso misto entre eventos automobilísticos e grandes festivais, no entanto, causa conflitos.
Em junho do ano passado, a Federação Paulista de Automobilismo e a Federação Paulista de Motociclismo criaram a campanha “Interlagos é Autódromo!”, para defender o uso do local apenas para as corridas. A principal preocupação é a diminuição de datas disponíveis para as competições.
“É inconcebível prejudicar a utilização específica do autódromo para promover eventos que podem ser realizados em outros locais, como o Parque Anhembi, e sem molestar a população local”, afirmou Paulo Scaglione, presidente em exercício da FASP.
(Este post foi baseado em uma matéria do site UOL)