A Disney, assim como várias outras grandes empresas ao redor do mundo, está diminuindo os seus investimentos no metaverso. Recentemente, a empresa anunciou a demissão de cerca de 50 funcionários do setor responsável por essa parte.
A justificativa segue a mesma: um reajuste de investimentos. No caso da Disney, ela tem parques para cuidar, filmes para criar e um serviço de streaming funcionando a todo vapor.
Com isso, mais uma vez o mundo se pergunta sobre o que deu de tão errado na ideia do metaverso. O otimismo inicial da iniciativa foi substituído pela queda brusca de interesse pelo mundo virtual.
Da mesma forma, os NFTs e as criptomoedas também perderam a sua força, muito por conta do alto número de golpes e esquemas relacionados ao setor das transações digitais, assim como a sua baixa praticidade no cotidiano.
O que impacta negativamente o metaverso, é a falta de uma definição concreta sobre o que ele é. Como investidores irão fazer um grande investimento em algo que eles não sabem ao certo o que é?
Até hoje, os metaversos que mais fazem sucesso são relacionados ao mundo dos jogos, como o GTA RP, para um público mais velho, o Roblox, para jovens, e afins. Porém, quando o objetivo do usuário é só interagir com outras pessoas, e não jogar em si, ele se frustra com a experiência.
A Disney, por exemplo, nunca definiu com exatidão o que ela queria fazer com o seu projeto. Essa indefinição entre entretenimento, jogos, comunidade, ou seja lá qual fosse o objetivo, faz com que o projeto fique sem um foco, prejudicando o trabalho.
Porém, é claro que a empresa centenária do Mickey Mouse não vai parar de investir em tecnologia. A beleza de seus filmes e a imersão de seus parques só é possível graças a pesquisas intensas, que buscam modernizar suas experiências ao público.
Talvez não seja hoje que vejamos o metaverso da marca, porém, um dia talvez, teremos o mundo encantador da Disney na palma das nossas mão.
Para criar, é preciso entender. É necessário que a Disney e as outras empresas entendam isso.
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