Geraldo Magela era alfaiate e, desde criança, apresentava forte vocação para a santidade. São Geraldo nasceu em 6 de abril de 1726, na cidade de Muro, na Província de Basilicata, na Itália, sob o nome de Geraldo Magela, sendo o quinto filho de um casal cujo pai era alfaiate e a mãe dona de casa.
Aos cinco anos aparecia sempre em casa com um pão e, ao ser indagado, dizia ser presente de um menino. Sua mãe, curiosa com o fato, certo dia o seguiu e ficou maravilhada ao constatar que a criança brincava com o Menino Jesus que descia do colo da Madona, na Capela de Capotignano.
Aos 8 anos de idade, Geraldo apresentou-se para a comunhão, não sendo atendido pelo padre. No dia seguinte, revelou que havia recebido a comunhão das mãos do Arcanjo Gabriel.
Aprendeu o ofício do pai e aos 14 anos foi crismado pelo bispo Dom Cláudio Albini, que passou a ser seu tutor. Após a morte do bispo, Geraldo voltou a atuar como alfaiate e sua paixão por Jesus Cristo só fez aumentar.
Padres Missionários — Quando da chegada dos Padres Missionários na cidade de Muro, Geraldo se apresentou ao superior, mas não foi aceito pela Ordem devido a frágil saúde.
Implorando diversas vezes para o superior aceitá-lo, conseguiu entrar na Ordem, mesmo contra a vontade de sua mãe e de suas irmãs.
No convento, dedicou-se à jardinagem, à cozinha, até voltar ao seu ofício original de alfaiate. Nas horas de folga, visitava doentes e, numa dessas visitas, conseguiu que Deus restabelecesse a saúde de um tuberculoso desenganado.
Aos 26 anos de idade tornou-se noviço, na congregação Redentorista. Nos últimos dias de sua vida, um perfume exalava em seu quarto, que segundo o reitor da congregação era um dos dons muito raros recebidos de Deus por Geraldo.
Na tarde do dia 15 de outubro de 1755, Geraldo foi visitado pelo seu irmão Estevam Sperduto, a quem confidenciou que morreria naquela noite. Pediu a Deus que morresse abandonado de todos, no que foi atendido.
Ainda no século passado, recebeu o título de Venerável devido a comprovação de quatro milagres: cura de José Santorelli, de febre tifóide, em 1826; cura de Úrsula Solito, de câncer, em 1850; cura de Tereza Deheneffe, de uma ferida grave, em 1852 e a cura da hidropisia, de Lourenço Riola, em 1867. No dia 11 de dezembro do ano de 1904, o papa Pio X canonizou solenemente Geraldo Magela, incluindo-o no catálogo dos Santos da Igreja.