Eventos são encontros de comunidades. No passado recente as comunidades se encontravam majoritariamente em ações presenciais. Na semana passada a comunidade de eventos relacionada ao setor MICE (meetings, incentives, conferences , exhibitions) se reuniu no centro de convenções Rebouças aqui em São Paulo durante a realização da 20ª edição da feira EBS.
Durante o congresso paralelo a feira eu tive a honra de moderar um dos painéis ao lado da Vanessa Martin, uma craque do setor de eventos. O objetivo foi discutir as NOVAS EXPECTATIVAS dos participantes dos eventos. Será que neste período pandêmico de paralizações , cancelamentos, adiamentos e eventos virtuais as pessoas que participam dos diversos tipos de eventos tiveram alguma alteração nas suas expectativas? Essa era a dúvida.
Mas ao final do painel a conclusão é que a tendência é o ÓBVIO ! Isso mesmo, fazer o óbvio
Que a possibilidade de os participantes escolherem a forma de participação seja ela presencial ou virtual não é a discussão. Isso está cada vez mais claro como um APRENDIZADO BÁSICO que o setor como um todo obteve durante a após a pandemia. Aquele organizador(a) que não estiver “enxergando” isso estará com sérios problemas para se tornar cada vez mais relevante.
Mas-se o HÍBRIDO não é tendência é REALIDADE e NECESSIDADE, o que é tendência então?? Pois é… aí que entra o ÓBVIO! Ter palestrantes que realmente entendam do tema que está sendo discutido, não ter apresentações “malho de vendas”, não ter palestrantes que sobem ao palco para LER a sua respectiva PPT, ter um número gerenciável de palestrantes para que cada um tenha tempo de falar o seu ponto de vista, não ter palestras de mais de 90 minutos, ter intervalos decentes para se conseguir fazer networking, ter comida e bebida em quantidade suficiente para todos os participantes, oferecer pontos de recarga de celular em quantidade e localização decentes, não entregar “bugigangas” ou impressos desnecessários , oferecer cadeiras confortáveis e não lotar as salas, não transformar as salas em “câmaras frigoríficas” ou “saunas a vapor”, ter banheiros limpos e sem cheiro de “fossa”, ter certeza que a quantidade de banheiros seja suficiente para atender a demanda, sistema de som com caixas que permitam todos escutarem o que está sendo falado no palco , ter certeza que os microfones funcionam e estão com baterias, WIFI gratuito e que funcione com mais de 10 pessoas acessando ao mesmo tempo ,buffets de comida sem fila “quilométricas” , opções de comida adequadas para todos os perfis, equipes de vallet compatíveis com a quantidade de carros, não fazer pesquisas longas e exaustivas sobre o evento, disponibilizar formas remotas e on demand sobre o conteúdo que foi apresentado, enviar as PPTs apresentadas sem ter que alguém pedir por favor, usar os comentários dos pesquisados no planejamento das próximas edições, não usar o email do participantes como uma lata de lixo de informações inúteis….
OU SEJA, A LISTA DE ATIVIDADE BÁSICAS É LONGA E NÃO TERMINA AQUI. E o que é o pior de tudo é que TODOS os organizadores de eventos já conhecem essa lista de memória. Não precisa de um painel de discussões em um congresso para chegar a essas conclusões. Quando será que deixamos de fazer o BÁSICO em eventos? Na hora de diminuir os investimentos? Por causa das concorrências predatórias? Por não conseguirmos mostrar um ROI dos investimentos necessários? Por estarmos achando que o VIRTUAL elimina o PRESENCIAL?
Temos que pensar nisso. Mais do que pensar temos que AGIR e FAZER.
Fazer o BÁSICO pode parecer o ÓBVIO, mas são e sempre serão as NOVAS e as VELHAS expectativas de qualquer participante de eventos. Sejam eles presenciais, virtuais ou híbridos E para deixar claro #eventospresenciaisforever #colaboracaoéanossapraia #eventossaoseguros e o Live Marketing não é para os fracos….