Um ano depois de anunciar oficialmente o lançamento do tablet catarinense Braox, a fábrica Aiox do Brasil, de Caçador, consolidou a primeira grande venda, de dez mil unidades do equipamento, para o governo de Tocantins. Apesar de ter iniciado a pré-venda pela internet em outubro do ano passado, somente agora os negócios começam a deslanchar.
O primeiro lote do modelo de sete polegadas que roda Android 2.3 começa a ser entregue em 90 dias. Segundo o presidente do Grupo Sul Brasil, holding da Aiox do Brasil, Jovelci Gomes, na área de tecnologia os investimentos são altos e o retorno, demorado.
Gomes investiu quase US$ 40 milhões (cerca de R$ 80 milhões) no braço tecnológico do Grupo Sul Brasil e, depois de um ano, ainda não conseguiu recuperar nem parte do investimento.
“Nós já fabricamos cerca de três mil tablets, mas demos de presente ou vendemos a preços irrisórios, apenas para divulgar a marca. Nosso foco são as compras governamentais na área educacional. Já estamos negociando, além do governo de Tocantins que vai distribuir para os seus alunos, também com Goiânia e Espírito Santo ” diz Gomes.
Gomes lamenta que o Estado de Santa Catarina, que sedia a empresa, não tenha se interessado pelo equipamento e prefira usar importados, a exemplo dos iPads distribuídos aos deputados estaduais. Quanto à demora para concretizar as vendas, ele alerta que o Projeto Produtivo Básico (PPB) — programa do governo federal, que garante isenção de PIS, Cofins e IPI e torna o preço do produto competitivo — demorou para sair.
Gomes revela que a nova configuração do tablet terá tela de 10 polegadas, vai rodar Android 4.0, a versão mais atual do sistema operacional do Google, e virá com 1 gigabyte (GB) de memória RAM, enquanto os de sete polegadas ainda rodam 2.3 e tem 512 megabytes (MB) de RAM.