Experiência de Marca

O dilema dos "Wearables" no marketing promocional

Os números por aqui certamente serão mais tímidos e mais restritos, nesse primeiro momento. E é por isso que as marcas não devem dar muito atenção aos wearables agora. Se o público-alvo não está pensando nisso, não adianta tentar empurrar a tecnologia para eles.

Como o Brasil é conhecido por exportar consumidores, muitos adquiriram seus smartphones em outro país. E isso torna um pouco irreal a quantificação de usuários apenas pelo número de vendas do aparelho por aqui.

Ainda assim, a consultoria Morgan Stanley aponta cerca de 70 milhões de smartphones no Brasil, colocando o país em quarto no ranking mundial. E esses números são válidos indicativos de que estamos sempre conectados.

Então, dentro desse cenário, qual seria o papel de wearables como o Google Glass ou o Watch da Apple?

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Relatório recente da Forrester aponta que 25% dos adultos norte-americanos planeja comprar um wearable no próximo ano, o que pode corresponder a 79 milhões de dispositivos.

Se isso acontecer, o aumento será de cerca de 800%, já que mais de dez milhões de dispositivos portáteis foram vendidos em 2014 nos Estados Unidos.

Os números por aqui certamente serão mais tímidos e mais restritos, nesse primeiro momento. E é por isso que as marcas não devem dar muito atenção aos wearables agora. Se o público-alvo não está pensando nisso, não adianta tentar empurrar a tecnologia para eles.

Mas vale à pena já se planejar para o futuro. Porque é necessário conhecer o target, seu estilo de vida; suas atitudes; suas necessidades e seus comportamentos tão bem ao ponto de ser possível prever o que esse público precisa, mesmo que ele ainda não saiba o que ele precisa.

E se a tendência norte-americana mais uma vez se refletir por aqui, é isso que o target brasileiro de muitas marcas irá querer, mesmo que muita gente ainda não saiba para que um wearable serve.

Essa tecnologia inevitavelmente vai proporcionar uma capacidade às marcas ainda sem precedentes: mudança de métodos de leitura; novas modos para as notificações push; realidade aumentada e mais conteúdo e criação de dados, de acordo com a Content Marketing Association.

Há um novo desafio no ar para os profissionais de marketing promocional. E pelo menos as agências já devem dar mais atenção aos dispositivos wearables para estarem preparadas quando o seu target – as marcas – chegarem com novos briefings em um futuro próximo!

tatyane luncah