O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) está investigando as marcas Diletto (sorvetes) e Do Bem (Suco Do Bem).
Segundo a Exame, processos abertos no começo do mês investigam as histórias contadas sobre as marcas, criadas por elas mesmas – o chamado storytelling. Alguns consumidores teriam reclamado que as empresas estariam promovendo propaganda enganosa.
Os processos citam a reportagem “Toda empresa quer ter uma boa história. Algumas são mentira”, da jornalista Ana Luiza Leal para a revista Exame.
Fotos: Reprodução/Google.
No caso da Diletto, o problema é com as informações nas embalagens e em peças publicitárias contando que os picolés da marca nasceram com Vittorio Scabin, avô do fundador da empresa, que fabricava os sorvetes na Itália, mas veio para o Brasil fugindo da Segunda Guerra Mundial.
A matéria explica que o fundador da empresa, Leandro Scabin, afirmou que foi longe demais e que Vittorio nunca existiu.
Já a Do Bem diz que as laranjas utilizadas em seus sucos são fresquinhas e vêm de fazendas familiares, como por exemplo, da fazenda do senhor Francesco, do Interior de São Paulo.
Muitos consumidores se identificam com o lado “orgânico” e “familiar” da marca, mas a reportagem da Exame destaca que gigantes como a Brasil Citrus estão entre as empresas que realmente fornecem as laranjas para a Do Bem.
A ideia de usar o storytelling envolvendo a empresa e a marca é uma método de se aproximar do consumidor, já que as narrativas criam tons humanizados para as marcas, comovem consumidores e promovem valores.
As empresas serão notificadas terão dez dias para encaminhar suas defesas, que devem ser julgadas na reunião de 11 de dezembro. Caso percam os processos, devem seguir as recomendações do Conar como, por exemplo, a mudança nas informações da embalagem ou promover ações de marketing.