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Estudo mostra o que brasileiros esperam dos eventos pós-pandemia

Os dados mostram que há espaço e público para a continuidade de eventos virtuais, digitais ou on-line, e até mesmo híbridos, com públicos virtuais e presenciais.

Com a pandemia e o isolamento social, a vida durante a quarentena passou a ser mais digital: Confraternizações pelo Zoom, o aumento do home office e trabalho remoto. 

Para o setor de eventos, não foi diferente – lives acontecendo constantemente, shows, entrevistas, podcasts e todo tipo de entretenimento, em uma tentativa de suprir a necessidade de interação social em tempos de isolamento. 

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Com o objetivo de analisar como o brasileiro lida com esse cenário, a MindMiners realizou, em parceria com o OCLB, um estudo com 1000 respondentes para entender o impacto dessa situação na vida das pessoas. 

O estudo revela que essa modalidade de evento teve uma adesão rápida na população, com 68% dos respondentes afirmando já terem participado de algum evento on-line: Desses, 45% participaram pela primeira vez durante a pandemia. 

Eventos relacionados a atividades culturais e educacionais foram os mais citados, com 54% e 50% das respostas, respectivamente.

“Realizar cursos à distância já era uma forte tendência antes da pandemia, e o isolamento social solidificou essa modalidade de ensino como parte do cotidiano das pessoas. Todo mundo conhece alguém que fez algum curso durante a quarentena.”, aponta Franklin Costa, da OCLB.

Além da adesão rápida, devido às circunstâncias, o estudo mostrou uma elevada aceitação desse modelo, com 96% das respostas apontando vantagens do formato, não só relacionadas à segurança sanitária, citado por 53% das respostas, mas também foram destacados a economia de custos, com 41% das respostas e ganho de tempo, já que não há necessidade de se deslocar, com 32% das respostas.

A experiência virtual, entretanto, ainda não é completa, e alguns obstáculos foram apontados na pesquisa, como problemas de conexão, citado por 15% das pessoas, assim como a falta de interação, algo recorrente nos tempos de isolamento social, com 32% das respostas. 

Vale apontar, no entanto, que esses são problemas contornáveis, visto que novas tecnologias de conexão, como a 5G, buscam tornar a internet ainda mais estável, e buscar novas formas de interação virtual pode se mostrar um desafio interessante para as empresas, já que o cenário de eventos virtuais tende a crescer. 

Um em cada 5 brasileiros não vê desvantagem em eventos on-line e 79% concordam que eles vão continuar a crescer com o fim da pandemia, e 46% dos respondentes afirmaram que um evento virtual pode ser até melhor que presencialmente.

Os dados mostram que há espaço e público para a continuidade de eventos virtuais, digitais ou on-line, e até mesmo híbridos, com públicos virtuais e presenciais, o que não se pode negar é que os eventos on-line vieram para ficar, nas palavras de Danielle Almeida, CMO da MindMiners.

“Diante dessa experiência durante a pandemia, vai ser difícil justificar no futuro eventos exclusivamente presenciais, não faz sentido abrir mão da praticidade que a modalidade virtual oferece.”

A MindMiners e o OCLB realizaram a pesquisa entre 30 de julho e 3 de agosto de 2021, com mil pessoas acima dos 18 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do Brasil.