Um dos maiores eventos folclóricos do Brasil, o Festival de Parintins teve 30% de sua bilheteria embargada por ordem da Justiça do Trabalho no Amazonas. De acordo com a decisão, o valor retido seria para pagar dívidas trabalhistas do Boi Garantido e do Boi Caprichoso que, pelo despacho, estariam em processo desde junho de 2023.
Até agora, as informações são as de que as dívidas pertencem a funcionários que atuaram em bastidores nas edições passadas do Festival de Parintins, com a Justiça especificamente mencionando “artistas, técnicos e músicos”.
A determinação, vinda da 1ª Vara do Trabalho de Parintins, exige que o valor bloqueado seja depositado em contas judiciais específicas até 15 dias antes do início do festival, marcado para 2025. O objetivo é garantir que as agremiações cumpram com suas obrigações trabalhistas, considerando que a tradição e a grande movimentação econômica do festival atraem milhares de turistas e geram emprego na região.
Bumbódromo também foi impactado pela decisão
Segundo apurou o AM Em Pauta, a decisão tomada pela justiça amazonense também implica o Centro Cultural de Parintins — o popular “Bumbódromo”. Pela documentação, o centro deverá incluir em seu contrato de locação uma cláusula que impeça a coleta do valor integral de bilheteria para a edição de 2025 do Festival de Parintins.
A decisão ainda necessita ser confirmada ao Ministério Público do Trabalho, via notificação, e já está em efeito. Na prática, todo e qualquer acordo comercial que envolva os valores totais de bilheteria do festival está proibida até que a questão trabalhista seja resolvida.
Até o momento, a organização do festival não se manifestou.