Atletismo, remo, taekwondo, esgrima entre tantos outros são alguns dos exemplos de que a tecnologia é fundamental para sanar quaisquer que sejam as dúvidas. Ela está cada vez mais presente na nossa vida. Na rua, em casa, na faculdade, na escola ou no trabalho, não importa onde estamos, sempre nos conectamos ao mundo por meio de redes sociais ou sites de notícias.
Diante de um cenário onde as pessoas estão tão ligadas a smartphones, notebooks, tablets, relógios multifuncionais e aparelhos de música modernos, não é difícil que a tecnologia seja utilizada em diversas frentes como alternativa para algumas situações. No esporte, por exemplo, ela desempenha um papel importante e ajuda os mais diversos atletas, seja na preparação, na divulgação de torneios e resultados ou nas roupas.
Hoje em dia, por exemplo, nos jogos de futebol os árbitros utilizam pontos eletrônicos com o objetivo de garantir ações mais assertivas. Se antes havia uma dificuldade muito grande em marcar um impedimento, agora, a chance de erro é bem menor, visto que a decisão pode ser baseada não apenas na visão de uma pessoa, mas também em uma análise mais rigorosa de quem está do lado de fora do jogo, no caso os árbitros assistentes e até o quarto árbitro. Em algumas competições em 2017 já foi utilizado o 'árbitro de vídeo', que não deu muito certo. Se o futebol seguir os mesmos princípios do tênis, muita polêmica será evitada.
Além disso, os técnicos também estão usando equipamentos eletrônicos para ajudar a tomar decisões. Enquanto o jogo acontece, de futebol, basquete ou vôlei, um dos auxiliares utiliza um computador para preparar as principais estatísticas do jogo, como passes certos e errados, pontos, entre outros, tudo em questão de segundos, com alto poder de informação. Mas, será que mostrar em um telão que um determinado jogador estava impedido na hora do gol não tiraria um pouco do brilho do futebol?
Para quem é fã do esporte, principalmente o futebol, o bom mesmo é aquela discussão sem fim sobre se o jogador estava ou não impedido. Mesmo que a imagem da TV repita o lance dez vezes, mas, como o árbitro não teve acesso a ela, acaba validando o gol, isso, por si só, gera assunto para a semana inteira.
No vôlei de quadra já foi testada a mesma tecnologia utilizada nas partidas de tênis. No entanto, não se conseguiu ainda atingir o mesmo nível de precisão, o que tem gerado mais confusão do que solução.
Em algumas partidas de futebol já estão fazendo uso da tecnologia para sanar dúvidas sobre algum determinado lance. Mas, isso não tem agradado a todos, principalmente quando é o time do coração que é vítima da precisão tecnológica.
O esporte evoluiu com o tempo, no avanço natural da tecnologia. Não seria possível promover competições do porte das Olimpíadas atuais, não fossem as ferramentas disponíveis. Muito menos teria tamanha visibilidade. O avanço tecnológico propiciou a paixão mundial pelo esporte. Sem contar a forte influência em questões de saúde e até políticas.
As competições esportivas passaram a servir como vitrina de produtos e marcas. Atletas se tornaram garotos propaganda em tempo integral. Esse é o preço que se paga quando quando se deseja bons resultados individuais ou coletivos.
Porém, a interferência das empresas não ficou apenas na divulgação de suas marcas. Era preciso produzir vencedores e associá-los aos seus produtos. Esse é um dos pontos mais polêmicos da influência da tecnologia no esporte. Em meio às inúmeras e diferentes necessidades dos esportistas, sejam eles profissionais ou amadores, as empresas produtoras de materiais esportivos montaram centros de pesquisas e testes, onde são desenvolvidas e estudadas inovações que melhorem o desempenho ou que aumentem a segurança, dependendo do esporte.
Hoje, o atleta precisa compartilhar suas vitórias com uma enorme equipe de apoio e com os patrocinadores que oferecem todos os recursos e equipamentos que o diferencia dos demais.
No entanto, apesar das inúmeras vantagens e melhorias que o desenvolvimento e utilização de novas tecnologias podem trazer para os atletas amadores e profissionais, é interessante pontuar que nem todos os indivíduos conseguem adaptar-se a essas inovações, e, também, não têm acesso a elas.
Se por um lado a tecnologia contribuiu para melhorar muitos pontos, por outro, o fato de tudo ser muito estudado, calculado, cronometrado e etc., etc. e etc., acabou tirando um pouco o brilho de uma disputa esportiva. O famoso ‘amor à camisa’ deu lugar ao ‘amor ao patrocinador’.
Mas, o craque, esse nunca irá morrer. Com tecnologia ou não, quem é bom sempre irá se sobressair. Concorda Pelé?