A rotina dos consumidores brasileiros está passando por mudanças. Em várias cidades do País, em vez de apenas escolher um produto na prateleira e entregá-lo a um atendente, o consumidor pode, sozinho, registrar a compra, fazer o pagamento e colocar tudo dentro de uma sacola.
Os caixas de autoatendimento já estão presentes em lojas de roupas e supermercados, e, em breve, vão chegar também a drogarias e ao comércio de material de construção.
A rede de supermercados Muffato começou a usar os equipamentos em Curitiba (PR), há cerca de um mês. Antes, já vinha testando os caixas em unidades de Maringá e Londrina, também no Paraná.
Nos chamados “autocaixas”, o próprio cliente passa os produtos por um leitor de código de barras. Depois, faz o pagamento, que pode ser no cartão de débito ou crédito. Por fim, retira sua nota fiscal, e coloca as compras na sacola. Tudo isso sem precisar trocar qualquer palavra com um funcionário do supermercado.
A tecnologia está chegando, também, a duas redes de supermercados que atuam no Interior de São Paulo: a Proença (São José do Rio Preto) e a Confiança (Bauru). Os serviços serão implantados nas duas redes até o fim deste ano.
Sistema Lê Códigos de Barras de Vários Produtos Simultaneamente
A rede de moda jovem Memove, marca da VGB Global Brands, também usa o autoatendimento em lojas localizadas em shopping centers de São Paulo e outras cidades do País, como Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).
Nos “caixas rápidos” da loja, não é preciso passar os produtos individualmente pelo leitor de código de barras. Basta colocar todos os itens em um compartimento. A leitura das informações é feita por radiofrequência, e a tela do equipamento mostra a quantidade de produtos adquiridos, o preço de cada um, e o valor total a ser pago no cartão de crédito ou débito.
Feito o pagamento, é só acomodar as roupas numa das sacolas disponíveis e voltar a passear no shopping.
Tendência Teve Início em Bancos e Companhias Aéreas
No Brasil, muitos consumidores passaram a usar o autoatendimento para fazer serviços bancários. Companhias aéreas também investiram em totens em que o passageiro faz o check-in sem precisar passar pelo balcão.
Na GOL, entre 50% e 60% dos clientes usam o autoatendimento, que também pode ser feito pela internet ou pelo celular.
“O objetivo da empresa é priorizar cada vez mais o celular e a internet, para que o consumidor já chegue ao aeroporto com seu cartão de embarque. Queremos que, preferencialmente, o cliente não passe pelo balcão”, diz o gerente corporativo de aeroportos da companhia, Alessandro Minucci.
Por enquanto, essas opções só estão disponíveis para quem não tem bagagem para despachar. A GOL tem planos, porém, de testar equipamentos que permitem que os passageiros também etiquetem e despachem suas malas sozinhos.
O autoatendimento tende a ganhar mais espaço no comércio brasileiro, assim como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa, diz o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo (Provar), Claudio Felisoni de Angelo.
Também é natural que tecnologias modernas acabem substituindo a mão de obra tradicional no comércio, como se observou na indústria automotiva.
Fonte: economia.uol.com.br