A 12ª Feira do Livro de Joinville promete ser mais do que um evento literário. Com uma agenda dinâmica em torno do tema “A literatura e seu entorno”, a feira vai oferecer ao púbico que passar pelo Expocentro Edmundo Doubrawa e pelo Teatro Juarez Machado, no Complexo Cau Hansen, um encontro da palavra escrita com a música, cinema, teatro e outras expressões da arte.
O enfoque principal da programação que começou no dia 10 de abril e se estende até o 19, claro, é a literatura. Nomes consagrados como o cartunista Ziraldo e o dramaturgo Lauro César formam o grupo de convidados ao lado de Bia Bedran, Leo Cunha, Lucília Garcez, Luiz Antônio Aguiar, Paula Pimenta, Rogério Pereira, Tino Freitas e Renata Ventura, o ator Luís Melo (o Atílio da novela “Amor à Vida”), entre outros escritores consagrados e novas promessas da literatura regional e nacional.
Fotos: Reprodução/Google.
A abertura oficial do evento contou com a presença de Ziraldo como “Escritor homenageado” desta edição. E houve uma série de atividades à disposição do público, com o espetáculo “A Arte de Cantar e Contar Histórias”, com Bia Bedran, no Teatro Juarez Machado.
A visitação à feira e a participação em todas as atividades é gratuita, de segunda a sábado, das 9 às 21 horas; e nos domingos, das 10 às 20h – a programação completa pode ser conferida aqui.
Escolas, empresas e instituições interessadas em realizar visitas em grupos podem agendar pelo telefone (47) 3422-1133 ou pelo e-mail [email protected].
Além do público adulto que todos os anos aguarda a feira em busca de lançamentos e do contato com escritores, crianças e adolescentes formam uma audiência seleta.
Neste ano, são mais de 20 mil estudantes de 150 escolas das redes pública e particular de ensino de Joinville, Itapoá, Garuva, São Francisco, Itajaí, Rio do Sul e São Bento do Sul, entre outras cidades, que acompanharão o roteiro que inclui a feira onde serão comercializados livros de todos os gêneros literários, palestras, lançamentos de autores catarinenses e nacionais, sessões de autógrafos, mostra comentada de filmes, sessões de teatro e de música, exposições e apresentações culturais etc.
Atividades de direcionamento técnico e científico abordando questões como a prática leitora e a docência como meios para estimular o gosto pela literatura desde as primeiras fases escolares estarão em pauta com a realização do Seminário de Capacitação de Professores, Seminário de Bibliotecários e Agentes de Leitura.
Curadora Revela Expectativas
Doutora em letras e mestre em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde foi professora, Maria Antonieta Cunha é, pelo segundo ano, curadora do evento.
Antonieta traz ao evento de Joinville a experiência, não apenas como autora, mas de gestora que passou pela presidência da Câmara Mineira do Livro, como secretária da Cultura e como presidente da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Trabalhou ainda com o Projeto Cantinhos de Leitura, e na Organização de Bibliotecas da Secretaria de Estado da Educação, na qual atuou na criação da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte.
Atualmente, é coordenadora do curso de arte-educação e literatura infantil e juvenil na PUC Minas e diretora do Plano do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca da Fundação Biblioteca Nacional.
Para ela, eventos como as feiras de livros favorecem não apenas a formação de um público leitor como inserem a literatura no cotidiano da cidade e, inclusive, chama atenção de novos investidores à cultura. “Eu diria que o empresariado, de modo geral, é muito pragmático, prefere investir em áreas que consideram mais seguras. Mas a feira de Joinville mostra como a leitura é importante para a sociedade em geral, merece atenção”, frisa.
Destaca o tema central desta edição como uma proposta no sentido de colocar a literatura em contato com as demais formas de arte, para ela um sinal da penetração do livro na sociedade.
“Perceber essas intercessões é fundamental, porque torna a literatura algo natural. Queremos mostrar uma vida na literatura, como ela pode dizer algo para todos nós, e muitos ainda não têm o costume de ver o texto com essa propriedade.”, avalia.