Eventos são encontros de comunidades. Serão híbridos/virtuais com certeza. Este “hibridismo” vai oferecer possibilidades de expansão das audiências e não será um substituto aos eventos presenciais. Será um complemento tecnológico muito útil.
Hoje vou fazer uma outra reflexão fundamental neste momento de retomada do setor. A mão de obra especializada que atua no setor de eventos terá uma forte demanda no ano que vem.
Depois de quase dois anos de sofrimentos por causa da pandemia, parece que a economia do nosso país vai retornar a uma normalidade, e, o mercado de eventos, vai entrar neste espiral positivo. É natural que isso aconteça.
Lembrando-que o ano de 2022 é um ano cheio de efemérides. 100 anos da Semana de Arte Moderna, 200 anos da Independência do Brasil. Eleições gerais. Rock in Rio. Lollapalooza. Copa do Mundo. Só para citar alguns….
Pela característica básica do setor que é trabalhar em momentos especiais, momentos de celebrações e encontros, a mão de obra utilizada é majoritariamente sob demanda.
Em um ano normal, as equipes de produção, segurança, limpeza, atendimento entre outras são utilizadas por mais de um promotor/organizador de eventos.
Não se trata de relações perenes, mas são relações de confiança. As pessoas que entregam são conhecidas pelos promotores e organizadores e quando realizam seus eventos envolvem estas pessoas nas entregas.
Nestes quase dois anos, muitas destas “pessoas que entregam”, tiveram que se virar, pois os eventos presenciais não aconteceram na quantidade e na qualidade conhecida.
Alguns eventos conseguiram migrar para o ambiente virtual, mas as equipes envolvidas neste tipo de eventos são distintas das equipes com experiência nos eventos presenciais.
Existe, então, um dilema no nosso setor. Algumas das “pessoas que entregam” foram para outros setores para continuar gerando rendas para pagar as suas contas e existem novos profissionais que não estavam tão inseridos no dia a dia dos eventos presenciais que se tornaram essenciais.
No nosso futuro híbrido inevitável que começa de verdade no ano de 2022, os promotores e organizadores terão que conviver com este dilema. Como atrair as “pessoas que entregam” de novo ao setor de eventos? Quais são as capacidades gerenciais específicas sobre os eventos híbridos que eles terão que gerenciar? Com quais equipes? Quais novos fornecedores?
Eu acredito que esta situação ficará realmente séria no ano que vem. E que situação hein? Saindo de um completo “deserto” de eventos presenciais, represados em quase dois anos de inatividade para uma potencial situação de falta de mão de obra especializada.
Excelente momento para conhecermos quem são as empresas e os líderes do setor que irão conseguir atrair os talentos do mercado para atuar nas suas entregas presenciais, virtuais e principalmente híbridas.
O lado bom desta história é que o setor funcionará de volta. O lado ruim é que o setor de eventos perdeu visibilidade nestes últimos 2 anos e várias pessoas foram buscar outro tipo de ocupação. Teremos um “gap” de talentos na minha opinião.
E para deixar bem claro: #somosgregários #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia, #futurohíbridovirtual.
Afinal, o live marketing não é para os fracos!
Foto: Reprodução.