Parece que sempre há uma esperança renovada quando o ano vai terminando e o Natal e o Ano Novo se aproximam. Depois de um ano péssimo para o Brasil, para a economia, e, em específico, para o mercado promocional, tudo o que temos de perspectiva é de assombrar.
O quadro que o pintor insinua pintar para 2015 é de cores negras, fechadas, preocupantes e sinistras. Isso se existir tinta para pintar. Há a possibilidade do quadro, para alguns segmentos, passarem – ou ficarem – em branco.
Foto: Reprodução/Google.
Mas aí vem a ideia de que Papai Noel existe, de fato, e é capaz de nos dar qualquer presente se pedido com fé e crença. E a gente tem a esperança renovada, e crê.
Crê num ano melhor do que 2014, onde os clientes, que também sofreram as agruras de uma economia perdida, possam ser mais conscientes nas concorrências mais sensatas, honestas e transparentes.
Que as empresas, portanto, se renovem à luz dos efeitos devastadores da calhordice que quase tirou do mercado promocional uma das mais importantes empresas do Brasil e do mundo. Que a lição seja compreendida.
Crê que, também, os desonestos do lado de cá sucumbam e precisem tornar-se profissionais e, assim, nos permitir competir de igual para igual nas concorrências que eram feitas à margem da justiça e da técnica.
Crê que nossos profissionais melhorem, que sejam sensatos, e deixem de ser arrogantes na percepção de que sabemos tudo sobre o live marketing, e, assim, façam como qualquer profissional, de qualquer atividade, e aprendam, se qualifiquem melhor, para mostrar ao cliente que sabe mais do que ele sobre o que faz.
Crê que o cidadão tenha mais consciência de escolha e opte primeiro pelo que é melhor pelo Brasil para, só depois, escolher o que é melhor para si próprio.
Daí, crê que, pior do que está, do que fizemos a esse País, não vai ficar mesmo.
Aí, a gente acredita que dá para pedir ao Papai Noel coisas simples, mas fundamentais, como: saúde, paz, harmonia, justiça e luz.
Que podemos pedir alegria de um ano cheio de eventos e promoções lindas, em que as agências médias e pequenas tenham mais espaços e clientes, em que as grandes produzam megaeventos de qualidade inigualável, em que produtores e criativos tenham mais espaço, empregos e salários.
Pedir que Deus esteja presente entre nós e nos ilumine a entender melhor o próximo, sabendo que o nosso próximo tem como próximo a nós mesmos.
Que nossos amigos, parentes e pessoas a quem queremos bem estejam mais junto a nós, dividindo momentos felizes e grandes conquistas.
Que tudo que foi feito de ruim por pessoas que não gostam do nosso País, nem do nosso mercado, não se repitam esse ano. Na verdade, que essas pessoas sumam, desaparecem, se não do País, pelos menos do nosso mercado.
Que a palavra amor seja mais que uma constante, seja uma marca indelével nas nossas relações com tudo que nos cerca. Enfim, que nosso presente, querido Papai Noel, seja o nosso futuro, onde o passado fique na memória como guia, mas não se repita.
Depois de um ano de textos sombrios e pessimistas, de palavras que não nos deixam sorrir, meu texto hoje é de fé. A mesma fé que nos une nas preces silenciosas nas salas de nossas convicções religiosas.
Que o Pai Nosso que está no céu tenha seu nome santificado de verdade nas nossas preces, que seja feita a vontade dele em todos os momentos de nossa vida no ano que se inicia.
E que o pão nosso de cada dia nos seja dado, que nossas ofensas sejam perdoadas na proporção em que perdoamos a quem nos ofende.
E que não caiamos nas tentações de sermos desonestos com os outros nem com nós mesmos para que ele nos livre do mal.
Que nossas palavras sejam de fé e verdade, iguais ao ano novo que surge entre nuvens e nos promete iluminar nossas vidas.
Amém!